A pandemia continua firme e forte e a gente que ama viajar tá na sofrência de ter que abafar nosso desejo de conhecer o mundo sabe-se lá por quanto tempo mais. Sem dúvida alguma, é assim que me sinto… A vontade de sair por aí não diminuiu nem um pouquinho, pelo contrário, eu sonho com o dia que vou poder voltar a comprar alguns bilhetes promocionais de forma antecipada como eu fazia antes, sem MEDO! Sei que ainda vai demorar muito para isso acontecer, mas sigo aguardando.

Mas meu objetivo com esse post é falar sobre mudanças, sonhos e redescobertas…

Vamos começar do início

Eu, particularmente, mudei tanto no último ano, que arrisco dizer que minha vida deu uma guinada de 180 graus. Muitas vezes a gente só precisa se permitir recomeçar, mas aproveito esse espaço para registrar que mudar dói. Sair da zona de conforto nos obriga a repensar muitas questões e aquilo que parecia apenas uma simples mudança de hábito, acaba trazendo à tona situações que estavam adormecidas. Decidi que era o momento de tomar as rédeas da minha vida de forma consciente e objetiva e não apenas seguir o curso natural das coisas e aguardar a pandemia passar… A verdade é que a segunda opção seria mais cômoda e fácil, mas meu lema é viver e não apenas, sobreviver!

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Hoje, 1 ano após o início da pandemia, arrisco dizer que me redescobri.

Assim que o lockdown chegou no Rio, em 16 de Março de 2020, cancelei meu plano na academia e me mantive trancada em casa. Estava com tanto medo de sair que até para comprar pão na esquina eu não me sentia segura. Com o decorrer dos meses, passei por altos e baixos como quase todas as pessoas que viveram essa experiência de enclausuramento.

Período delicado e decisivo para mim…

Para aliviar minha cabeça, vi como única saída começar a praticar atividades ao ar livre. Confesso que não poderia ter tido ideia melhor, visto que adotar essa prática foi um divisor de águas na minha vida. Mesmo morando em Copacabana há anos, só ano passado comecei a aproveitar de forma significativa o “quintal” de casa. Até hoje me pergunto onde eu estava todo esse tempo que deixei tudo isso passar bem debaixo dos meus olhos, sem me deleitar com tantas possibilidades pagando zero reais.

Parece contraditório falar isso com a pandemia rolando ainda (e no seu auge), mas quero registrar aqui que aproveitei horários alternativos e fugi de dias concorridos como domingos e feriados.

Comecei, despretensiosamente, comprando uma bike. Já queria me aventurar a andar de bicicleta há tempos, mas achava que não sabia mais. Me sentia insegura, sabe?! Quando estive em Buenos Aires tendo aulas de espanhol, comprei um passeio (de bicicleta) e acabei não indo porque fiquei tensa de não conseguir acompanhar o grupo. Muitos leitores poderão achar besteira, mas já não subia numa magrela há pelo menos 25 anos!!!! Não compareci no dia do passeio, e fiquei com isso na cabeça… Era uma vontade que eu tinha, voltar a andar de bicicleta…

Fiquei sem escapatória

Precisando me exercitar, eis que a ideia de andar de bike voltou forte na minha cabeça. Parecia perfeito! Compraria uma bike mega simples e usaria milhas que estavam para expirar, ou seja, eu não precisaria pagar nada em dinheiro, só o frete, cerca de R$ 10,00. A bem da verdade, gostei muito de ter conseguido desbloquear essa parada da minha cabeça. Outro dia me peguei sonhando que gostaria de voltar à Amsterdam e viver a experiência de andar de bicicleta por lá. Será que rola? Porque nesse caso, a parada é para gente grande, né?! Será que tô preparada?! Mas sonhos né minha gente, como viver sem eles (ainda mais sendo uma pisciana)?!

+ Mudanças à vista

Passeando pela ciclovia, outras atividades me chamaram a atenção, e a dobradinha “caminhada / corrida” ganhou meu coração. Aos poucos fui percorrendo lugares tão próximos a mim, mas que estavam tão distantes, tais como: Urca, Mirante do leme, Forte de Copacabana, Arpoador, Lagoa… Enfim, tava tudo aqui debaixo dos meus olhos. Mas a verdade é que eu passava batida, eu não me permitia ver. Tava sempre ocupada. Ocupada procurando passagens promocionais, correndo para chegar ao trabalho na hora, justificando que se eu não fazia certas coisas era porque eu não tinha tempo para isso. Doce ilusão. Prioridades, minha gente! Eu tinha esquecido o que era isso. Estava sendo engolida pela vida e nem estava percebendo. Quantas tardes passei fechada dentro de casa enquanto podia estar botando meu corpo em movimento lá fora?!

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Engraçado como tanta coisa rolou nesse último ano. Houve mudanças por fora e por dentro. O mundo virou de cabeça para baixo e nesse meio tempo, me atualizei por completo. Minha alma se encontrou com meu corpo e hoje eles estão vivendo de forma harmônica. Apesar do momento mega turbulento, (contraditoriamente) me sinto mais completa agora.

Para finalizar

Sigo torcendo para essa tempestade chamada pandemia passar logo, a gente tomar essa bendita vacina e podermos finalmente voltar a botar nossos pezinhos sem medo para fora de casa seja para passear, abraçar pessoas queridas ou fazer aquela tão desejada viagem.

Se quiser ficar por dentro dos números atualizados da pandemia, recomendo que você acesse os links abaixo:

6 COMMENTS

    • Oi Fran, você é suspeita pois é uma amiga querida! Sigo tentando!!! Brigada pelo seu apoio sempre. Grande beijo :)

  1. MUDAR! A palavra que antes estava meio de lado, adormecida até, tomou uma dimensão que ninguém imaginaria. Engraçado como precisamos de um empurrão às vezes né? No caso em questão um baita empurrão chamado Pandemia. Que bom que os teus Eus se encontraram e que tu te descobriu capaz de tantas coisas antes esquecidas. Tem até aquele dito: Seja VOCÊ, a mudança que quer para o mundo!

    Isso é Maturidade Tati. Ela chega e nos traz muitas coisas boas.

    Seja feliz com todas essas mudanças minha amiga. MUITO FELIZ!

    Beijos, da Doda

    • Doda querida, brigada por deixar seu comentário. Realmente me sinto mais madura, não pela questão da idade apenas, mas pela consciência e percepção que tenho atualmente. A partir disso tanta coisa ficou clara para mim. Que nós sejamos muito felizes amiga, hoje e sempre! Não vejo a hora de conhecer a Charcutaria. Me aguarde, que assim que puder irei visitá-los. Beijo grande

  2. Eu senti tanta paz lendo esse texto.
    Meu mundo também virou de cabeça pra baixo e como me encontro em muitas frases que você escreveu.

    Que tudo isso passe logo, pra gente voltar a desbravar esse mundão.

    • Ah Debs, fico feliz que tenha gostado. Torcendo para essa loucura passar logo e a gente possa voltar a se aventurar em breve.

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